A atriz Klara Castanho voltou ao centro de uma disputa judicial contra a influenciadora e apresentadora Antônia Fontenelle. Desta vez, Klara está pedindo uma indenização de R$ 5 milhões por danos morais relacionados a postagens feitas por Fontenelle nas redes sociais. Vem entender mais sobre essa história.
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Entenda o caso
A nova ação movida por Klara Castanho exige R$ 5 mil por cada postagem publicada por Fontenelle sobre o caso da atriz, mesmo quando os textos não mencionam diretamente seu nome, mas fazem alusão à polêmica que envolveu Klara em 2022. Na ocasião, Klara revelou publicamente que foi vítima de violência sexual, descobriu a gravidez apenas no sétimo mês e optou por entregar o bebê para adoção legal.
A indenização pedida considera postagens feitas desde 2023, com solicitação de multa diária e valores retroativos.
Histórico judicial
Essa não é a primeira vez que Klara Castanho aciona a Justiça contra Antônia Fontenelle. Em uma ação anterior, a Justiça deu ganho de causa a Klara, determinando o pagamento de R$ 50 mil de indenização por danos morais. Fontenelle já foi condenada nessa ação, mas Klara recorre da decisão, por entender que o valor não corresponde à gravidade do caso e à repercussão causada.
Por que só Antônia?
Em vídeo recente, o jornalista Ricardo Feltrin levantou questionamentos sobre a seletividade da responsabilização. Segundo ele, o caso ganhou notoriedade nacional após ser exposto pelo colunista Leo Dias, que chegou a divulgar o nome do hospital em que Klara deu à luz. Outro nome citado é o do jornalista Matheus Baldi, que repercutiu o caso e, à época, foi demitido do SBT, onde apresentava o programa Fofocalizando — substituindo, curiosamente, o próprio Leo Dias.
Mesmo assim, ambos foram posteriormente listados como testemunhas a favor de Klara Castanho, enquanto apenas Antônia Fontenelle se tornou alvo de processos mais severos. Para Feltrinho, há uma “escolha de vilã” no tratamento público e judicial do caso.
Questionamentos sobre o boletim de ocorrência
Além de tudo isso, a apuração da época informa que não houve registro de boletim de ocorrência (BO) por parte de Klara antes do caso ser exposto, contrariando declarações da própria atriz. Segundo o jornalista, fontes na Polícia Civil confirmaram que nenhum BO foi feito previamente, o que, para ele, compromete parte da narrativa apresentada publicamente.
E cabem críticas a atuação do Ministério Público, que teria a obrigação legal de investigar o caso por se tratar de um crime de ação penal pública incondicionada, ou seja, que dispensa a iniciativa da vítima para ser investigado. Em todo o caso, houve omissão das autoridades competentes.
Antônia Fontenelle: posicionamento e histórico
Antônia Fontenelle, por sua vez, já se envolveu em diversas controvérsias públicas. No caso com Klara, sua defesa sempre alegou que suas postagens eram críticas genéricas e que ela não mencionava diretamente a atriz em muitos dos conteúdos citados no processo.
Fontenelle também possui um histórico pessoal que a faz se identificar com temas relacionados à adoção, o que, segundo ela, motivou sua reação intensa ao caso.
E agora?
O novo pedido de indenização ainda será analisado pela Justiça. Enquanto isso, o caso continua gerando repercussão nas redes sociais e reacende debates sobre limites da liberdade de expressão, responsabilização midiática e revitimização de mulheres vítimas de violência.