O mercado dos realities brasileiros está fervendo – especialmente por conta do reality Casa dos Vilões! Com a saída de Boninho da Globo e sua nova parceria com o SBT, grandes mudanças estão em curso — e o público pode esperar uma verdadeira revolução na TV aberta.
De acordo com o colunista Matheus Baldi, da IstoÉ, uma das disputas mais quentes do momento gira em torno do nome “Casa dos Vilões”, que pode acabar nas mãos da Globo ou da Record, enquanto o SBT trabalha em um novo formato exclusivo para 2026.
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Boninho fora da Globo e de olho em novos projetos com o SBT
Desde que Boninho anunciou sua saída da Globo no ano passado, muitos começaram a especular qual seria o próximo passo do ex-diretor do Big Brother Brasil. A resposta veio em março de 2025, quando o SBT oficializou uma parceria com a produtora recém-criada por Boninho e o empresário Julio Cásares. O primeiro projeto? A versão brasileira do The Voice, com estreia marcada para o segundo semestre deste ano.
Mas o que realmente está deixando os fãs curiosos é o próximo passo de Boninho no universo dos realities de confinamento. A CEO do SBT, Daniela Beyruti, pediu algo inédito, com a cara do canal. Cogitou-se a volta da Casa dos Artistas, mas a ideia foi deixada de lado para dar espaço a uma proposta nova: o Casa do Patrão — uma homenagem a Silvio Santos e, ao mesmo tempo, um formato original. O nome já está registrado no INPI, garantindo exclusividade ao SBT.
A polêmica em torno do nome “Casa dos Vilões”
Enquanto isso, outro nome começou a circular nos bastidores: Casa dos Vilões. O registro foi feito por Silvia Abravanel, filha de Silvio Santos, em dezembro do ano passado. Segundo ela, a ideia surgiu em um papo informal com a irmã Daniela e seu noivo, Gustavo Moura. A intenção era proteger o nome e deixá-lo “em casa”, pronto para uso no SBT.
No entanto, existe um grande detalhe: o formato original do programa pertence à NBCUniversal e é exibido nos EUA pelo canal E! Entertainment com o nome House of Villains. A versão brasileira já tem dono — a produtora Floresta, conhecida por trabalhar com Globo, Record, Netflix, Amazon, entre outras gigantes.
Ou seja, Silvia Abravanel tem o título registrado, mas não detém os direitos para Produzir o Conteúdo ou sobre o formarto. Se a produtora Floresta quiser usar o nome “Casa dos Vilões” no Brasil, precisará negociar com Silvia Abravanel — caso contrário, terá que usar uma adaptação do título.
Globo e Record disputam o formato nos bastidores
A Globo, insatisfeita com os resultados do BBB25, vê no formato uma oportunidade de renovar sua grade de realities e atrair um novo público. A parceria de longa data com a produtora, que já rendeu programas como Túnel do Amor e Se Sobreviver, Case!, pode facilitar a negociação.
Por outro lado, a Record também está no páreo. Comandada por Rodrigo Carelli no núcleo de realities, a emissora já trabalhou com a Floresta na produção de sucessos como A Fazenda e Power Couple Brasil. E, com toda sua experiência em realities com celebridades, a proposta se encaixa bem no estilo da emissora da Barra Funda.
Nos bastidores, comenta-se que os custos para viabilizar o programa também serão cruciais na decisão final. Tanto Globo quanto Record já estão em conversas com a Floresta sobre diferentes projetos, o que pode acelerar (ou travar) a definição.
Enquanto isso, o SBT olha para o futuro com o Casa do Patrão
Mesmo com a disputa em torno do “Casa dos Vilões”, Boninho segue trabalhando com afinco no desenvolvimento do Casa do Patrão. A proposta é criar um formato original, popular e com a identidade do SBT, misturando elementos de realities de convivência e competição.
Boninho, que comandou 24 edições do BBB, entende como poucos o que prende o público em frente à TV. A missão agora é transformar um nome forte em um programa memorável, que consiga dialogar com o público atual e mantenha a tradição de entretenimento do SBT.
Conclusão: o reality é só o começo de uma nova era na TV brasileira
A disputa por formatos, nomes e direitos autorais revela mais do que estratégias de programação. Ela mostra como a TV brasileira está entrando em uma nova fase, onde criatividade, inovação e memória afetiva caminham lado a lado. Seja com o Casa dos Vilões na Globo ou Record, ou com o Casa do Patrão no SBT, uma coisa é certa: quem ganha é o público, que terá novas opções de entretenimento e a promessa de realities cada vez mais ousados e envolventes.
O futuro dos realities está sendo escrito agora — e com tantos nomes de peso envolvidos, podemos esperar reviravoltas dignas de final de temporada.