A Justiça bateu o martelo: Iran Ferreira, conhecido nacionalmente como Luva de Pedreiro, perdeu o processo movido por seu ex-empresário Allan Jesus e terá que pagar um valor milionário pela quebra contratual. A decisão saiu nesta quarta-feira (30/4) e pegou muitos fãs de surpresa, reacendendo a polêmica que marcou o rompimento entre os dois.
Direto Ao Ponto
A batalha judicial: da ascensão ao rompimento
Tudo começou há três anos, quando Allan Jesus entrou com uma ação contra Luva de Pedreiro, alegando que o sucesso meteórico do influenciador nas redes sociais foi fruto direto de sua gestão e investimento. O processo alegava que, sem a estrutura oferecida por Allan e sua empresa, ASJ Consultoria, Iran não teria atingido o patamar que alcançou — passando de 285 mil seguidores para 17 milhões em questão de meses.
A Justiça reconheceu a tese do empresário. De acordo com o juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca (RJ), ficou claro que a participação de Allan foi fundamental para a construção da carreira de Iran. Ele também destacou que Luva de Pedreiro contava com advogados na época da assinatura do contrato, contrariando a alegação de que não sabia o que estava assinando.
Quase R$ 6 milhões em indenizações e multas
A sentença impõe a Luva de Pedreiro o pagamento de:
- R$ 5.052.986,43, referentes à multa pela rescisão contratual, com juros e correções monetárias;
- R$ 5.558.285,07 por danos morais e reembolso integral de valores investidos por Allan na carreira e até na subsistência de Iran e seus familiares;
- R$ 120 mil adicionais por danos morais relacionados à exposição e violência sofridas por Allan devido à repercussão do caso.
No total, o influenciador baiano pode ter que desembolsar mais de R$ 10,7 milhões, caso não consiga reverter a decisão em instâncias superiores.
A reação de Allan Jesus: “Receba!”
Logo após a vitória na Justiça, Allan usou as redes sociais para se manifestar de forma impactante. Em tom irônico, disse:
“Tentaram me derrubar, mas esqueceram que no meu sobrenome tem Jesus. Os humilhados serão exaltados. E aqueles que ajudaram a criar e disseminar, nas redes sociais, a narrativa e o roteiro para me destruir? Nem os próprios amigos ele ajudou… Mas Deus vê tudo. Agora, RECEBA!”
A publicação gerou enorme repercussão entre os seguidores de ambos os lados, dividindo opiniões sobre quem está certo nessa história.
Confira o post
Tentaram me derrubar, mas esqueceram que no meu sobrenome tem Jesus. Os humilhados serão exaltados. E aqueles que ajudaram a criar e disseminar, nas redes sociais, a narrativa e o roteiro para me destruir? Nem os próprios amigos ele ajudou… Mas Deus vê tudo. Agora, RECEBA! 🦅 pic.twitter.com/dGB9tlYUCb
— Allan Jesus (@AllanJesus) April 30, 2025
A defesa de Luva de Pedreiro
Na tentativa de se livrar das acusações, Iran afirmou que não tinha capacidade técnica nem instrução suficiente para compreender o contrato, se apoiando no artigo 157 do Código Civil. Ele também alegou que não recebeu repasses financeiros durante o período em que foi agenciado.
Mas o juiz foi direto ao descartar essa tese: embora Iran seja de origem humilde e com pouca escolaridade, não é analfabeto, e seu sucesso se deve justamente ao carisma de alguém simples — mas plenamente capaz de entender os termos do acordo, segundo a decisão.
E agora?
Apesar da decisão desfavorável, a defesa de Luva de Pedreiro ainda pode recorrer. No entanto, com a sentença reconhecendo expressamente o papel crucial de Allan Jesus na construção da carreira do influenciador, a reversão não será fácil.
Enquanto isso, o caso serve como alerta sobre a importância de contratos bem esclarecidos, especialmente no universo dos influenciadores digitais, onde o sucesso pode chegar rápido — e os conflitos também.