A nomeação de Virgínia Fonseca como rainha de bateria da Acadêmicos da Grande Rio para o Carnaval de 2025 já vinha causando burburinho, mas a ausência da influenciadora digital em um dos eventos mais importantes da escola, a tradicional feijoada, transformou o burburinho em um franco mal-estar. O episódio acende um alerta sobre o comprometimento da nova majestade e a percepção de sua relação com a comunidade do samba.
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A Feijoada Perdida: O Primeiro Sinal de Alerta
No último domingo, 1º de junho de 2025, enquanto a comunidade da Grande Rio se reunia para sua aguardada feijoada – um evento crucial para a interação da rainha de bateria com os componentes e para o engajamento da escola –, Virgínia Fonseca foi a grande ausente. Essa falta não foi vista apenas como um desencontro de agenda, mas como um sinal claro de desinteresse, gerando desconforto e irritação nos bastidores da agremiação de Duque de Caxias.
A feijoada não é apenas um almoço festivo. É o palco para a primeira grande aproximação da rainha com os ritmistas, passistas e toda a comunidade que pulsa o coração da escola. É onde se estabelecem laços, onde a energia do Carnaval começa a ser sentida e onde a figura da rainha se humaniza e se conecta com a alma do samba. A ausência de Virgínia, neste contexto, soou como um desprezo à tradição e ao convite de um posto tão honroso.
Da “Rainha EAD” à Resistência Crescente
Desde o anúncio de seu nome como substituta de Paolla Oliveira, uma rainha amada e com forte conexão com a Grande Rio, Virgínia enfrentou resistência. Críticas nas redes sociais e até abaixo-assinados questionaram sua legitimidade e envolvimento com a cultura do samba. A ausência na feijoada apenas reforçou essa percepção, com internautas a apelidando ironicamente de “Rainha EAD” (Educação a Distância) e questionando seu real comprometimento.
Figuras do Carnaval, como Erika Januza, já haviam levantado a bandeira da importância da representatividade e do envolvimento genuíno com o samba, em contraponto a escolhas que parecem mais ligadas ao marketing do que à paixão. A postura de Virgínia, para muitos, valida essa preocupação. Há relatos de que ela teria tentado “comprar” o cargo de rainha em outras escolas antes de fechar com a Grande Rio, o que intensifica a leitura de que o posto pode ser visto mais como uma estratégia de imagem do que um sonho de sambista. A ironia com sua ligação com jogos de azar (o “Tigrinho”), em pauta em uma CPI, em contraste com a essência cultural do Carnaval, também não passou despercebida.
Promessas vs. Realidade e um Contexto de Críticas
Após ser anunciada, Virgínia Fonseca declarou publicamente que estava “ansiosa pra viver tudo isso da melhor maneira possível” e que “não vai medir esforços para honrar estar à frente da bateria”. Sua ausência na feijoada, no entanto, pareceu contrariar essa promessa inicial, levantando dúvidas sobre a seriedade de seu compromisso.
O mal-estar na Grande Rio não ocorre em um vácuo. A influenciadora já vem enfrentando uma série de críticas e problemas de imagem, como as recentes reportagens de Celso Russomanno sobre supostas falhas e insatisfações de consumidores com sua empresa de cosméticos, a WePink. Esse contexto de questionamentos públicos apenas amplifica a repercussão negativa de sua postura no Carnaval.
O desafio agora para Virgínia Fonseca é imenso. Para conquistar o coração da comunidade da Grande Rio e provar que não é apenas um nome midiático, será preciso muito mais do que aparições pontuais. É necessário envolvimento, presença e, acima de tudo, a paixão genuína que o posto de rainha de bateria exige e merece.